domingo, 5 de outubro de 2008

E foi dada a largada.

No meu último post decente, eu dizia o quanto estava ansiosa pela "bandeirada da largada". E eis que acontece. E eu começo a ter um medo que não tinha sentido antes.

Minha família sempre se mudou. Mudança de cidade e de casa, nunca foi, exatamente, um problema pra mim. Eu nasci em Brasília, onde morei muito pouco, extamente 5 anos e meio, em toda minha vida. Os outros 19 anos e meio eu morei em Salvador. E foi lá que eu descobri de onde pertencia.

Eu pertenço a Bahia, ponto. É lá que eu gosto de me sentir alguma coisa. Eu não me sinto candanga (descobri há pouco tempo que os brasilienses se ofendem quando são chamados de "candangos"; engraçada essas coisas de Brasília. Achei aqui na " Desciclopédia" um resumo do que é "ser candango" para os brasilienses: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Candango. Definitivamente, uma ofensa. Fiquei impressionada com a parte: "acham que falar que nem bandido é ser alguém na vida. Basta procurar em supermercados e lojas de 5ª categoria que você irá encontrar tais seres em seus futuros empregos de empacotador, faxineiro, lixeiro e etc... ". Depois de tudo isso, eu não vou nem entrar no mérito de explicar que candango era o nome designado aos nordestinos que trabalharam na construção de Brasília e que, curiosamente, o troféu dado aos vencedores do Festival de Cinema Brasileiro de Brasília tem por nome Candango. Eu não me sinto candanga - falando como algo positivo - e, depois disso, muito menos brasiliense). Eu me sinto baiana. Sinto como se tivesse nascido e nunca tivesse saído de Salvador. Gosto do meu sotaque, ainda que ele não seja tão arrastado como eu gostaria. Gosto de me sentir pertencente àquele lugar.

Achei que isso era apenas um sentimento, interno, que tinha pouca interferência na minha vida prática. E de fato, não tinha muita. Mas agora, como num passe de mágica, apertaram um botão e isso tem tido um importância enorme.

Agora que vou embora da terra que sinto minha, estou quase sem querer, procurando todas as grandes referências que tenho dela e reforçando, colhendo e estocando no meu bunker de baianidade. E fico pensando em que momentos eu terei que acioná-lo a partir de agora. É tudo tão legítimo que fazem parte dessas referências todas as coisas ruins também, mas não menos importantes.

Nem saí ainda, mas fico pensando nos cheiros que sentirei quando voltar, nas letras, nos números, nas palavras; da possibilidade de saber em que prédio alguém mora pela cor e nome; de comprar beijú e marisco, facilmente, no supermercado; de poder pedir pão cassetinho na padaria e o padeiro me entender sem pensamentos dúbios; de entrar pelo ônibus pela porta de trás e sair na da frente; chamar o semáforo de sinaleira, saber o que é sargaço e pegar fila no Ferry. Tantas coisas sutis e tão intrínsecamente conectadas que me fazem acreditar que todas elas nunca sairão de mim. Rezo para que nunca saiam, pois elas também fazem de mim quem sou.

Estou animada pela possibilidade de viver novas coisas, descobrir novas referências, viver uma nova cidade e aumentar o meu currículo. Haha. Mas confesso que estou mais ansiosa ainda com a possibilidade de reforçar as minhas raízes, como os cabelos de Sansão; mostrar quem sou mostrando de onde vim.

Fico com medo da falta que sentirei do cotidiano com meus amigos, com a minha família. Mas também sei que eles estão dentro de mim e são parte importantíssima desse quebra-cabeças. Pensando bem, eles são exatamente a cola do quebra-cabeça; são eles que me ensinam a reconhecer o que é meu, quem sou, de onde vim. E tenho medo de dizer "tchau, vou ali e já volto", porque esse "já volto", pode não acontecer num tempo que espero. Mas é sabendo que vou voltar, que faz com que um pedaço de mim nunca saia. Mas o "tchau" é duro e a sensação de um pedaço arrancado, dói.

Tudo isso quis sair assim, hoje, depois que li uma reportagem sobre Dorival Caymmi, esse baiano que viveu os seus últimos 70 anos no Rio de Janeiro, mas sempre foi uma referência para e da Bahia. E assim ele permanece. A última frase da reportagem ficou ecoando em mim: "morre-se um pouco cada vez que dizemos 'adeus' , de Cole Porter". Não me importo de morrer um pouco, porque fazemos isso todos os dias; morremos para re-nascer, re-novar, re-viver; pra dar espaço para o que ainda vai nascer. É preciso que se morra, pra saber o que é seu, tudo aquilo que é imortal e protegido da "morte do adeus".

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ganhei mais um selinho!

Dessa vez veio para o Bobs e foi a Patty quem me deu!

Obrigada!

Amanhã, vai rolar post por aqui!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Mudanças

Enche caixa, joga fora, tira, bota.

Embala, desembala.

Mudar de cidade sempre fez parte da minha vida. Nasci ali, me mudei pra lá, vim pra cá. Passou a ser uma coisa normal, prática na nossa família. Havia algum sofrimento, aquele intrínseco, mas só. Havia o medo, daquilo que não sabemos. Mas rapidamente o dia-a-dia na nova cidade passava a ser cotidiano.


Depois eu fiquei, decidi onde seria o meu lugar. E aqui ele foi até hoje. E hoje, 11 anos depois, estou me preparando para ir pra outro lugar. Animada, curiosa, empolgada, com mala, cuia, marido e cachorro. Meio enferrujada, com mais medo e muito, mas muito mais animação. Tanta, que eu me atropelo e atropelo quem vier pela frente. Cheia de bagagem.


E assim vou gastando meus freios todos, me segurando e esperando ansiosamente pela bandeirada da largada.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

The first one




Sei lá desde quando eu fiz esse blog aqui para migrar os post todos do Loveblog carnição pra cá.

No meio do caminho, eu fiquei com uma preguiça tremenda e precisei ficar com raiva de um puto que tentou furar a fila NA DESGRAÇA DA MINHA FRENTE no mercado hoje pra querer chegar em casa e fazer isso. Nem me pergunte porque, mas depois disso eu precisei de movimentos mecânicos. Pra completar, Henrique chega aqui há 2 minutos atrás me pedindo pra entrar no usuário dele, pra sair do msn dele, pra poder ele logar no msn dele lá no desktop da sala. A porra, viu?!

Bem, aqui estou eu fazendo um post relâmpago de boas-vindas. As boas-vindas mais mau-humorada da face da terra mas, se assim não o fosse, assim não seria eu.

Os posts seguintes são todos os que fiz, desde o primeiro, na minha vida, portanto, não estranhem algumas coisas, já que eles são indóceis e não obedecem a coisas como ordens cronológico-temporais; eles apenas não poderiam ser abandonados lá e agora se mudaram para cá.... e sejam compreensivos, a Florinda acorda agora, de um sono faraônico de meses e nem botou os bobs direito.


Sejam bem vindos.

Menino contra menina. Ou à favor?



Eu sempre tive mais afinidades com homens do que com mulheres. Para os engraçadinhos de plantão, não, isso não diz respeito somente aos aspectos sexuais e amorosos. Eu sempre tive mais amigOs do que amigAs.


Quando pequena eu tinha pouca paciência para brincar de boneca e menos paciência ainda para ficar trocando os sapatos das bonecas, roupas e equilibrando aqueles micro copinhos e talheres nas mini mesas dentro das mini casas. Meu grande sonho de menina talvez tenha sido o Castelo da She-Ra, que felizmente ganhei, mas para infelicidade de minha mãe, me seduziu por muito pouco tempo. Mas o Castelo do He-Man de meu primo, noooosssa, me super seduzia! Era maior, aparentava ser mais poderoso... e era mais tosco mesmo.


Apesar de ter tido sempre muito cuidado com os meus brinquedos – eu tenho até hoje a ambulância do Doutor Saratudo completa! – eu gostava mesmo dos brinquedos de menino. Meu grande sonho de criança – porque o de menina eu já tinha realizado com o Castelo da She-Ra – era ter um Ferrorama (pra quem não sabe, aquela versão do Autorama, em trenzinho, com tudo que se tem direito, semáforo, cruzamento, ponte.. ai ai ai)!!! Nunca tive... Mas depois de anos com esse sonho adormecido dentro de mim, eis que chego na casa de minha sogra e vejo o Ferrorama do meu marido lá, lindo, todo encaixotadinho... Ah, e se é do marido é meu também, né? Ainda não botamos ele pra funcionar novamente, mas esse dia há de chegar.


Na infância eu não tive muitos problemas com as minhas preferências lúdicas. Minha mãe sim, travava uma guerra na hora botar uma meia calça, um vestidinho (eca!) rosa (eca eca!) com um lacinho lateral (mil vezes eca!). Eu amo azul, sempre amei, mas meu quarto era rosa, porque terminei herdando ele de minha irmã mais velha e cor de herança não se discute. Mas assim que tive uma oportunidade (e poder de decisão) pintei meu quarto de azul.


Na adolescência, acho que tive mais problemas. Primeiro porque eu demorava para me aproximar das meninas, mas não dos meninos, o que os assustava um pouco e ainda fazia com que as meninas me achassem uma assanhada. Depois que eu sempre xinguei muito (na rua, óbvio, em casa, jamais!) e sempre briguei muito com todo mundo. Ou seja, nem dos meninos eu tinha a simpatia que eu queria... Demorei um pouco pra achar o meio termo, mas terminei achando... Espero eu!


Minha mãe (mais uma vez) que sofria... Eu não queria usar saia, nem vestido, muito menos o cinto combinando com o sapato... sapato?? Nãããão, meus caros: TÊNIS, por favor. E de camurça verde (gente, era exatamente esse verde!). Tenho boas e velhas amigas, mas amigas, amigas mesmo, daquelas da gente não vive sem, ah, essas são sempre meio toscas, sem muita frescurite, iguais a mim (meninas, não se ofendam!!! Isso é um elogio!) e são poucas. E hoje eu não vivo sem um vestidinho, e amooooo sapatos. Não combinando com o cinto, mas combinando com a bolsa sempre! Pra minha mãe ver alguma coisa dando certo, né? ;D


Hoje em dia eu tenho muito pouco problema em relação a isso. Os meu amigos, são cada vez mais amigos e mais próximos, se é que isso é possível! E aumentam mais! É muito engraçado como eu me torno amiga dos amigos de Henrique rapidamente! Eles me adoram, eu amo todos eles! São mega divertidos e não se importam com o fato de eu ser uma mulher no meio deles: sempre dizem o que pensam sobre tudo e, inclusive, me contam com detalhes sórdidos. O que nem sempre é legal, lógico, mas mesmo assim eu me sinto uma privilegiada. Sou uma mulher que participa muito bem do universo masculino.


Ainda bem, eu e Henrique sempre convivemos muito bem com essa minha característica. Aliás, isso facilita porque curtimos muito os programas sejam eles “masculinos” ou não. Obviamente Henrique tem lá o momento dele com os amigos dele e eu com as minhas amigas/amigos. E quanto a isso não há divergências e ponto final.


No sábado foi o chá de cozinha de um amigo nosso. É engraçado que agora percebemos de forma gritante o quanto somos adiantados: nós já temos 3 anos de casados e agora é que os nossos amigos estão casando! Ahahaha Engraçado demais...


Pois bem. No sábado houve um encontro muuuuito legal dos amigos, velhos amigos, que há muito não se viam. Histórias igualmente velhas e cabeludas (apesar de alguns já estarem perdendo os cabelos), que todos sabemos de cor, foram contadas pela enésima vez, como se fosse a primeira. E produziu risadas como se fossem as primeiras, também. Alguns de nós não nos víamos há anos, sei lá quantos! E só faltaram dois pra completar a galera Old School (algo como Velha Guarda, numa tradução livre) como costumamos – e gostamos – de chamar. Foi bom, muito bom!! Eu sei é que o chá de cozinha foi até meia noite, terminando sob o protesto de alguns mais exaltados.


Durante muito tempo, nesse grupo, eu fui a única menina/ mulher. E era muito bom! Nunca fui tratada diferente, com mais regalias ou menos respeito por isso. Éramos todos iguais. Bem, a gente vai crescendo, começando a trabalhar, faculdade, as coisas vão mudando, cometemos alguns erros com uns, somos magoados por outros, novos amigos vão surgindo e terminamos nos afastando. Mas nunca deixamos de existir nas nossas memórias. E ontem foi a prova disso.


Não somos os mesmos, nem sei se será possível resgatar a mesma amizade de antes afinal, 12 anos , pra uns de nós 16 anos já se passaram e o tempo não perdoa. Mas no sábado, por algumas horas, fomos todos iguais novamente. Nem meninos, nem meninas. Somente grande e velhos amigos.


Reza lenda, que no sábado que vem todos nos encontraremos novamente, na casa de minha sogra, um reduto dos velhos tempos. Não sei se realmente vai rolar. Torço que sim, mas independente de acontecer - senão nesse sábado de Aleluia, talvez num próximo sábado qualquer - tivemos um sopro muito vivo que reacendeu a chama dos velhos tempos, da velha Old School, com o perdão da (necessária) redundância.



Um beijo para todos os amigos, sejam eles novos ou velhos...


Burocracias



Ok. A vida é feita de burocracias. Pra nascer é uma burocracia, pra crescer outra, pra envelhecer então, nem se fala. Até pra morrer, dependendo do caso, rola uma burocracia forte; pro moribundo e principalmente para a família do coitado.


Mas me diga se há alguma coisa mais burocrática no mundo do que ir a um cartório? É burocracia da fila para pegar as senhas até, enfim, conseguir o que você deseja. Ou não conseguir, como foi o meu caso.


Já é um porre ter que entrar com um processo contra alguém. Essa situação já prescinde que a coisa – qualquer que seja ela – não pôde ser feita de uma forma amigável, ou no famoso “de boca”. Quando se entra com um processo contra alguém , já ta rolando um estresse fenomenal e você já vai preparado para enfrentar mais alguns por sabe-se lá quantos pares de meses.


Bem, lá fui eu na quarta feira tirar 720 cópias (isso mesmo)  de vários documentos importantes e originais para levar ao cartório (ontem e hoje), pra depois entregar ao advogado as cópias autenticadas (porque entregar o original não é legal; afinal pode perder, roubarem, molhar, cair café, qualquer coisa e aí é mais um século pra conseguir outro igual). Primeiro isso de tirar 720 cópias. Surreal. Levando em consideração que eu passei a minha faculdade inteira tirando cópias e gastando, quando muito, 3, 4 reais, realmente, eu fiquei assustada em ter que dar 57,88 reais pro moço da Xerox.


Beleza. Cópias tiradas, devidamente organizadas em pastinhas, tudo certo, certo? Errado. Eu por alguma sandice dessa minha cabeça fui animadamente dirigindo meu carro em direção ao cartório do Shopping Sumaré. Ele é meu companheiro de tempos, pois foi lá que eu abri a minha primeira firma. Aliás, que nem deve valer mais, por que a minha assinatura mudou totalmente. Comentário rápido: nem me lembro mais porque tive que abrir essa firma, mas isso existiu em algum momento da minha juventude.


Lá, o cartório só funciona a partir das 14h. E são poucas senhas distribuídas. Como ainda era final da manhã, fui pra lá (como eu e minha irmã fizemos durante um período de muitas idas ao cartório) e almoçaria por lá mesmo, assistiria uma tevêzinha básica na pracinha de alimentação, pegaria minha senha, autenticaria meu mar de papéis e iria pra casa me sentindo útil. Ledo engano.


Pra começar, como aqui em Salvador não temos horário de verão, a programação passa uma falsa impressão das horas. Resumo: eu estava assistindo Jornal Hoje achando que já era uma, uma e pouco e que nada! Meio dia ainda... Mas beleza, terminei de assistir o jornal, Vídeo Show, Coração de Estudante e pronto: o cartório abriu. Massa! A minha senha era uma das primeiras, então ia me liberar rápido.


Quando finalmente me chamaram, eu levei minha sacola de papéis (sim, eles estavam numa big sacola plástica) e despejei com delicadeza no balcão da moça com um simpático “Boa Tarde” que não foi respondido de maneira compreensível. Tudo bem, eu não estava nem um pouco sensível e queria sair dali o mais rápido possível. Eis que se trava o seguinte diálogo:


Moça do Cartório: ok. Me dê as 30.


Zezé: Na verdade são 720...


MC: Eu ouvi. Mas estou lhe pedindo as 30. (com irritação)


Z: A senhora quer de 30 em 30? (eu já preocupada com o sistema de organização que eu tinha levado 1 hora pra desenvolver...)


MC: Não meu amor, (uma facada no meu rim), eu estou LHE dizendo para você me entregar as 30 páginas para mim (segunda facada, no baço) autenticar.


Z: E eu estou LHE dizendo que além dessas, tem mais 690 pra você fazer a mesma coisa. (com muita irritação)


MC: Só que cada pessoa só pode autenticar 30 por dia.


Z: Como? (Numa conta rápida, que nem eu acreditei que eu fiz) Você está me dizendo que eu preciso levar 24 dias para autenticar a documentação que eu preciso?


MC: Leva isso tudo é? Vixe....


Z: Sim. Mas isso é só aqui ou em qualquer um?


MC: (A segunda melhor resposta do dia acompanhada de um sorrisinho irônico) Não sei... eu só trabalho aqui.


Z: (A MELHOR resposta do dia, com um sorrisinho mais irônico ainda) Ah tá, achei que a senhora trabalhasse no circo também, apresentando um número de Palhaçada.


Virei de costas e saí, que eu não ia ficar pra ouvir a tréplica dela, óbvio. Fui pra casa com a idéia de procurar outro cartório, mas fiquei achando que se eu recebesse mais algum sorrisinho irônico naquela tarde, eu ia começar a rezar para uma nova aorta milagrosamente brotar em mim, a fim de suportar o fluxo sanguíneo que certamente se direcionaria à minha cabeça e, como eu rezo muito pouco, terminei desistindo.


Hoje de manhã, peguei meu pai na casa dele e fui a outro cartório no Shopping Pituba Parque Center, pertinho de nossas casas, certa de que o problema era daquela mulher e não meu. Além dos documentos serem dele e para ele, (no dia anterior eu deixei ele em casa para poupá-lo do saco) meu pai já pega fila exclusiva de idosos, o que aumentaria a rapidez do processo. Não, eu não costumo fazer isso; apesar de muitas pessoas confundirem meu pançume com uma gravidez, eu não uso esse subterfúgio vil e feio. Mas pelo amor de deus, as minhas boas ações semanais já tinham acabado por ontem. Lá fomos pegar nossa fila enoooooorme exclusiva.


Na nossa vez o singelo senhor autenticador (não sei o cargo dele de verdade, mas é essa a função) que faz tudo muito “educadamente”, virou para nós e pediu que aguardássemos um instantinho que ele ia ali tirar a água do joelho. Ok, mais informações do que eu precisava. Depois de quase 10 minutos, ele volta e me pergunta o que queremos. Meu pai diz o que é. O inicio do fim....


O senhor “gentil” e “educado” primeiro disse a meu pai que a fila exclusiva deveria andar rápido (porque afinal de contas ele leva 10 minutos no banheiro e precisa compensar o tempo!) e não podia fazer isso. Segundo, deu uma olhada demorada pra mim e disse a meu pai que a documentação deveria ser da pessoa que estava na fila, gentilmente sugerindo que meu pai estava na fila por minha causa. Ah, nessa hora eu pirei geral! Fiquei possessa e despejei minha raiva da mulher do outro dia e dele, nele. Disse que era um absurdo, que não era possível que uma pessoa não conseguisse fazer uma coisa tão simples!! Foi aí que ele confirmou o que a mulher do outro cartório tinha dito (o babdo das 30 cópias) e que se eu quisesse, eu desse meu jeito. A essa altura, meu pai estava calmamente tirando a identidade da carteira para comprovar que os documentos eram dele e eu tentando arrastar meu pai dali ao berros.


[Aqui em casa a gente não xinga na frente dos nossos pais, crescemos assim. Mas hoje meu pai teve o desprazer de me ver xingar coisas que eu nem sei se ele sabe o que é.]


Bem, enquanto eu estava no auge da minha fúria, olhei rapidamente para cima do balcão e vi um papel escrito dizendo que, resumidamente, segundo o artigo tal, parágrafo tal desacato (xingar, agressão física e outras mais) ao funcionário público (o senhor “simpático", no caso) dava multa e cadeia na hora. Foi então que eu me lembrei ter visto quando chegamos que, lá no cantinho, no fundo do cartório estava um PM. Tá. Fiquei tensa. Mas aí eu fiquei com medo de verdade quando resolvi olhar pro PM e ele tava me olhando fixamente!!! Aí eu me desesperei total e sai (literalmente) empurrando meu pai dalí, que ainda estava tentando convencer o moço lá de que eram deles os documentos. Meu pai é mesmo um cara pacífico e naquele momento o que mais importava para ele era a integridade cidadã dele. E eu desesperada com medo de ser presa!!!!!!


 

Finalmente cheguei no carro suando igual a uma porca, com uma raiva danada e sem saber o que fazer. Porque o juiz quer as coisas bonitinhas para olhar, maaaaaaasssss.... quer dizer que pra isso eu vou ter ficar 24 dias caminhando a um cartório (novo, é claro, porque eu não sou nem besta de voltar nesses dois)??? Tensa total. Ainda não descobri exatamente o que fazer.


Fim do dia: minha cabeça está aqui explodindo desde aquela hora; fato esse que comprova a minha teoria que aortas milagrosas não brotam em corpos pagãos como o meu....


ps: a imagem que eu botei ali em cima, foi uma ironia, ok pessoas?


Zezé    


Comemorações e climão de fim de ano



Não, eu não gosto de Natal. Eu adoro a decoração de Natal, adoro ver minha casa cheia de coisas douradas, verdes, vermelhas, papais-noéis (sim, eu consultei um dicionário para flexionar esse plural) e bonecos de neve (ainda que eles não sejam viáveis para nós, brasileiros, menos ainda no Nordeste, eles são fofinhos e tem uma carinha safada que eu simpatizo).


No primeiro Natal na nossa (minha) casa foi uma mobilização total! Começamos a arrumar tudo no início de dezembro e só tiramos depois do Carnaval. Nada de desarrumar no dia de Reis. Tava tão lindo que eu queria ficar com e decoração pra sempre. Mas eu não gosto da Noite de Natal. Minha família é muito pequena e o resto que poderia agregar volume, mora em outro estado. Então éramos sempre meus pais, eu, minha irmã e pronto. Eu, quando criança, ficava toda empolgada como presente na manhã seguinte, com o esquemão todo da chegada do Papai Noel, mas não gostava da véspera, era meio triste, sei lá.

E esse sentimento perdura até hoje. Adoro arrumar a casa, comprar os presentes, ver minha mini árvore toda linda lá, acesona, adora ficar cozinhando as coisas junto com Henrique e receber as eventuais visitas, maaaaaaasssss... Não gosto DO Natal. Também não me mobiliza em nada todo sentido católico apostólico romano do Natal (minha mãe que não me leia), ou seja, nem isso sobra. Enfim, curto o momento com restrições.

Já o Ano Novo.... aí é outra história. Eu AMO ANO NOVO! Adoro aquela insanidade que rola na cidade, todo mundo se arrumando para receber o novo ano, aquele mar de gente de branco, comida, bebida, uhuuuuuu!


Acho massa. Reconheço que causa em mim sentimentos ambíguos: uma animação total e sentimento de perda, medo sei lá de quê mas, me dá! Ao mesmo tempo fico ansiosa querendo que o ano chegue logo e que as coisas aconteçam e que eu passe a falar “porque no ano passado....”, o que normalmente só acontece depois do carnaval, porque aqui em Salvador todo mundo comemora Ano Novo igual, mas o ano só começa meeeesmo depois do carnaval, não tem jeito.


Esse Ano Novo será particularmente especial para mim. Começarei de verdade uma nova, grande e assustadora etapa da minha vida. Não, eu não estou grávida. Ou melhor, devo estar e agora vou ter que parir um filho que gestei durante cinco longos anos. Agora em janeiro será minha formatura, muito esperada não pela solenitude da coisa, mas porque passar cinco anos numa faculdade, se dedicando quase exclusivamente a ela, merece algum respeito.


Foi muito bom, adoro a profissão que escolhi, mas no meu curso o esquema é meio surtado, você se envolve demais, é denso... Enfim, todos esperamos por isso: meus pais, minha irmã, meu marido, meus amigos e principalmente eu. Ter o meu trabalho, ser reconhecida através disso com algo que me caracteriza, que caracteriza meu estar no mundo de alguma forma me deixa muito satisfeita. E nesse novo ano passarei, na prática, a viver a minha profissão. É massa e, ainda bem, não to com aquela ressaca de “ai, estou desempregada”, fico louca querendo logo esse famoso emprego, mas na sede de viver novas emoções, viver o rally que é essa vida de gado. Justamente porque gosto do que escolhi.


Vou sentir esse Ano Novo como nenhum outro (é sempre assim, aliás...) e tenho certeza que chorarei à meia noite, num misto de felicidade e tristeza como em todos os anos (sim, eu choro em todo santo Ano Novo). Mas fico com a (ótima) sensação de que curti mais esse 2007 do que outros anos e acho que é isso que vou levar para os próximos.



Resoluções para 2008? Essa parte a gente pula....


Sobre a escolha do objeto amoroso e/ou a permanência dele como tal.


Andei pensando muito sobre o que tem me encucado ultimamente. E sem dúvidas, a escolha do objeto amoroso é um tema que ronda a minha mente nas últimas semanas. Porque a gente escolhe esse e não aquele? O que é que aquele teve, mas que deixou de ter, para fazer com que quiséssemos o de lá? São perguntas que eu achava que sabia responder, até parar de verdade para escrever isso aqui.

Deve ser por isso que a escrita é a função humana com o mais alto grau de elaboração. Imagine: você pensa uma coisa, aí tem que transformar essa coisa num código (a escrita) que, juntando os caracteres (as letras) vai transformar o que você pensou numa coisa real (ou perto disso...); aí a pessoa que está lá do outro lado, vai decodificar essa bagunça toda, com o objetivo de compreender o que você pensa, ou estava pensando dentro da sua cabeçona sem que você precise falar. Ééééé, queridos... isso aí, exatamente isso que vocês que me lêem estão fazendo agora. =D


Finalizando o momento reflexão/dispersão volto a escolha do objeto amoroso, que é tão ou mais complicada do que escrever pra alguém ler e compreender.

Eu sempre fico curiosa quando vejo alguns casais amigos, porque de longe, assim meio de perto, eu nunca acharia que duas criaturas tão diferentes poderiam conviver (leia-se namorar, brigar, amar, dormir e acordar junto...) com algum nível de salubridade. É estranho pra mim, assim como deve ser para outras pessoas me verem ao lado de Henrique, imagino eu. Dizem que somos parecidos fisicamente e que estamos cada vez mais parecidos no jeito, no temperamento – isso deve querer dizer que eu estou melhorando e Henrique, coitado, piorando. Mas mesmo assim, não saberia dizer o que nos faz ficar juntos, ou melhor continuar juntos. Muitas coisas, óbvio, como ele ser uma pessoa engraçadíssima e me fazer rir o tempo todo; eu ser o líder do planejamento financeiro do lar; ele saber cozinhar divinamente; termos uma cumplicidade incrível, o que não exclui as brigas; e outras coisas mais que prefiro não comentar.
Mais do que tudo isso, acho que o que faz com que fiquemos juntos é a disposição para isso. Quando um dos dois fica indisposto, ainda que temporariamente, para o relacionamento, há de se parar para pensar. Porque esse temporariamente pode virar permanentemente num piscar de olhos. Aí acaba e os dois, ou um deles, não sabe nem por que. Conheço diversas pessoas que estavam com alguém, que era super legal, dava atenção, rolava uma diversão, um tesão básico, o alguém era exatamente o que qualquer outra criatura gostaria de ter, mãaaaaasssssss... acabou. É isso. O que falta? Ou o que sobra, em alguns casos? Vai saber... Uma coisa que acho imprescindível para o casamento (quando eu digo casamento, não falo de casamento civil ou religioso, mas o Encontro – com letra maiúscula - entre duas pessoas) dar certo é você saber o que o outro quer e fazer também com que ele saiba o que você quer. E se dá para as expectativas se completarem, digamos assim.

Não há nada pior do que você fazer uma coisa pensando que é exatamente o que ele/ela mais queria na face da Terra e quando a coisa é feita, a criatura fica lá, com uma cara de quem não entendeu o porquê dessa escolha. Isso é o fim e já aconteceu comigo. Daí para uma briga, é meio pulo. Dizer o que você quer do outro e também o que pode fazer pelo outro, pode ajudar as expectativas serem realistas, diminuindo a probabilidade de decepção. Não é fácil fazer isso, até porque expectativa, pura e simplesmente, está longe de ser algo racional, está pautado no desejo, no sonho, na vontade mais íntima.

Mas é aí que chego num ponto polêmico – até pra mim. Não basta o amor, a paixão, o desejo louco e desenfreado (não basta, eu sei e sei que todo mundo, em tese, sabe também, mas parece que não): é preciso racionalizar, planejar mesmo, como fazemos com a compra do mês, com nosso extrato do banco. Sim, parece feio se falar em racionalizar o amor, mas não é isso. O dia-a-dia nos engole, a famosa rotina desgasta o laço de fita vermelha que nos envolve, as expectativas irreais decepcionam – e se não há um jeito de controlar todas essas coisas racionais, que tempo sobra para o amor, para a paixão, para o desejo louco e desenfreado? Ahá ! Não sobra.

Acredito nisso, porque aprendi isso. Comigo (conosco) funciona, por enquanto. É legal bater o olho em alguém e sentir o coração bater mais forte, achar o cara bonito, atraente, charmoso, seja lá o que for. A escolha imediata funciona assim, no primitivo, baseada naquilo que é visto de cara. E isso vai acontecer sempre, estando você comprometida (o) ou não e ponto final. Mas a permanência dele como o escolhido vai depender de outras coisas, que estão longe de serem primitivas. Passamos automaticamente do uga-buga para o vamos conversar? E é ai que o bicho pega e que você tem que entender e se fazer entender. O outro tem que decodificar o seu código maluco e você também tem que decodificar o dele, com um mínimo de aproveitamento, senão vira Torre Babel e aí, babau (com o perdão do trocadilho).

Mas quer saber, pra mim, essa é a diversão do Encontro. Porque eu, veja bem, EU não vejo a menor graça nessa coisa igual de mesma língua. Acho que um tem que apresentar para o outro sempre coisas novas, que nem sempre serão aceitas claro, mas é isso mesmo. É... acho que terminei escrevendo não sobre a escolha do objeto amoroso, mas o que faz ele permanecer como tal. Mas tá valendo também.

O negócio é disponibilizar novidades e se dispor a aprender a língua do outro, o que pode ser beeeeeem divertido...

Thelma e Louise



Eu queria hoje dedicar o quintal aqui da Dona Florinda à uma amiga.


Espero que todas as outras pessoas incríveis da minha vida não se amotinem contra mim. Não é uma questão de preferência, entendam. É que tá fresco o que aconteceu e acho que ela merece isso.


Eu e Dani nos conhecemos na faculdade, no segundo mês de aula, já que eu entrei atrasada por motivos vários. Nem me lembro direito quando foi que a gente conversou a primeira vez, porque a sensação que eu tenho hoje é que nascemos conversando. E a gente conversa muito, acreditem, como umas loucas. E os assuntos vão se conectando, uma coisa puxa a outra e numa dança frenética as fofocas vão pulando em cima da gente. Fofoca geral, fofoca nossa, lamúrias, piadas, notícias. Nunca falta assunto, impressionante.


Lembro vagamente que num determinado período da faculdade (que, justamente porque a memória é vaga, eu não sei qual foi) nos afastamos um pouco, mas também não me lembro porque motivo. Sei que não foi briga. Aliás, nunca brigamos. (pausa) Mentira. Eu já briguei com ela, mas ela nunca brigou comigo. Que bom. Porque ela é muito mais malvada do que eu e com certeza me estraçalharia. Enquanto isso não acontece, a gente, juntas, vai estraçalhando os outros...


Temos muitas coisas em comum. O humor ácido, o mau humor, não gostamos de praia e gostamos de frio, adoramos cachorros (pequeno, grande, os bonzinhos, os malucos também, mas principalmente os de rua: a gente ta andando e pára o tempo todo para falar com os cachorros. É legal!) adoramos comer muito (a diferença é que eu engordo e ela não, safada.), nós sempre gostamos das comidas que ela faz (ela cozinha muuuito bem), a profissão (lógico), maquiagem (no dia da foto para o convite de formatura, estávamos de bobs na cabeça, em pleno posto de gasolina, terminando de maquiar as bochechas. Sim, fizemos o maior sucesso! Principalmente na hora de botar o laquê.), xingamos muito o tempo todo e muitas coisas mais que eu passaria o texto inteiro desfiando, porque são milhões mesmo, acreditem.


Quando as coisas acontecem, boas ou más, sempre ficamos sabendo, em primeira segunda ou, no máximo, em terceira mão. Claro, porque às vezes não dá pra falar primeiro e temos que falar com alguém, pombas!


Nessa semana e na próxima estamos loucas, arrancando todos os nossos cabelos porque estamos às vésperas de entregar nosso TCC (Tortur.. ops... Trabalho de Conclusão de Curso). Ontem ela me ligou, reclamando que eu não ligo, que eu não dou notícia, que ela fica preocupada querendo saber como é que eu tô e eu nem aí. Respondi que eu não tava ligando pra ninguém mesmo, porque eu tô meio reclusa, tentando terminar a joça do TCC. Pra quê... Ela “Como assim, você não liga pra NINGUÉM? Eu sou NINGUÉM por caso? Muito bonito você ME botando na mesma categorias que TODAS as OUTRAS pessoas!! ... Mas, como você está Zeza?”


É, é assim mesmo.


Resultado, comecei a chorar dizendo que eu estava péssima, que não tinha mais uma gota na minha fonte produtora de TCC e que ainda faltam 3 capítulos e que eu tô confusa porque mudou um monte de coisa e eu vou ter que refazer e que a minha vizinha adolescente fica ouvindo Rebeldes nas alturas o dia inteiro e eu não consigo produzir ouvindo Rebeldes...


Tive um ataque histérico.


Aí Dani, engraçadíssima, me disse “Olha que sorte a sua, Zeza, eu estou renovando há semanas os mesmos livros na biblioteca e um deles é metodologia de pesquisa de Fulano De Tal (não lembro agora) e como você é mais do que sortuda amanhã de noite (hoje, no caso) eu não tenho nada pra fazer, então me espere aí na sua casa com uma comidinha, óbvio, que nós vamos desencalhar esse trabalho!”


Eu respirei fundo, agradeci das profundezas do meu coração, e continuamos nossa conversa que durou mais de uma hora (eu ligo de graça de fixo pra fixo local! Minhas amigas amam... :D).


Esqueci de comentar que outra coisa em comum é que somos muito espertonas e inteligentes. Pra quase tudo, mas principalmente, a gente tem todas as manhas de fazer trabalhos de faculdade, é massa.


Uma das coisas mais divertidas da vida acadêmica dos meus últimos anos é fazer trabalhos com Dani. Primeiro que ela não se estressa. Segundo que a gente dava altas risadas, desfocava total e na véspera ficávamos loucas no quarto azul dela (o que contribuía para o aparecimento de um sono repentino e incontrolável às vezes, mas que era rapidamente combatido com latinhas de Red Bull) até 11 da noite. E tirávamos ótimas notas! Ninguém acreditava. E choviam invejosos...


Em São Paulo, quando fomos a um congresso, rodamos horrores e quase fomos linchadas na 25 de março porque ela reclamava o tempo todo com os camelôs dos preços. E eu lá, me escondendo atrás da bolsa do congresso, fingindo que nem conhecia a louca. E na Liberdade? Compramos tudo pela frente e passamos uns 4 meses pagando nossas dívidas dos cartões de crédito. Muito bom!!!


Passamos por situações difíceis também. Problemas de saúde, pés na bunda, reprovações na faculdade, namorados e maridos sem noção, pais e mães sem noção. E é impressionante como passamos mais rápido por essas coisas quando temos alguém do nosso lado que nos transmite segurança e aconchego. Porque quando dizemos uma para outra “eu sei o que é isso, amigona” é porque a gente sabe mesmo. E quando a gente não sabe, rola um “poxa, que merda... mas vamos sair dessa”.


Pois bem, Dun Dun (eu a chamo assim, quando não, chamo de Feiosa – mas ela é linda), com você do meu lado – e seja aqui, em Pernambuco, Santa Catarina ou Brasília – eu sinto que posso tudo. Com você eu tenho tudo. Nossa relação ultrapassa e muito a categoria amizade. Ou melhor, pensei agora, talvez essa seja a categoria, mas ninguém sabe. Ou pelo menos, muita gente que não tem uma Dun pra si. E duvido que essas pessoas sejam tão felizes e espertonas como eu. Você me faz querer sempre estar do seu lado, comer muito, xingar muito, fazer todas as coisas que amamos e sentir que podemos fazer qualquer outra coisa mais.


Bem, ainda não conseguimos prever terremotos. Mas bota um sismógrafo e o Google na nossa mão, pra vocês verem só...


Te amo, Dun.


Os novos (velhos) ventos.




Blog é um negócio que exige um ritmo forte. Além da freqüência de postagem, você tem que ficar pensando sobre o que escrever, se isso vai interessar as pessoas. Claro, porque se não for pra alguém ler, sem ser você, existem outras alternativas: pense com os botões, converse com amigos quando o assunto surgir, sei lá.

Eu fiquei pensando esses dias e nem me veio nada. Quer dizer, pensei em muitas coisas, mas nada que eu quisesse que as outras pessoas ficassem sabendo. Mas hoje, Henrique me perguntou se eu tinha postado alguma coisa nova. Respondi que não. Respondi que não, como quem está sendo cobrado. Não sei se ele percebeu, mas me disse que eu poderia escrever sobre quando acontecem coisas diferentes na nossa vida. E foi o que eu precisava para me destampar.

Muitas coisas diferentes aconteceram na minha vida nos últimos meses. A maior delas talvez tenha sido a minha relação com a internet e com essa vida virtual. Tudo desencadeado pelo Clube da Noivas (quer quiser saber mais, é só procurar ali no cantinho esquerdo superior por um post com o mesmo nome). No Clube a gente se aproxima de longe. E é massa porque você não se sente na obrigação de se manifestar sobre todos os assuntos, nem para todas as pessoas. Eu, pelo menos, não me sinto. Tem tópicos que eu não sei nada sobre o que se fala, então fico ali, só aprendendo. Como diria minha mãe, quem fala pouco, erra pouco. E eu que já falei tanto, vou aos poucos calando meus cotovelos e abrindo meus ouvidos. Olha só, mais uma mudança.

Foi no Clube que uma vez, uma noiva – então esposa, mas ainda no Clube das Noivas – pedia dicas para a viagem para Salvador, comemoração de seus três meses de casamento. Em peso, todas as meninas do Clube pediram que eu me manifestasse. Escrevi um email com algumas dicas das coisas que mais gosto aqui em Salvador. Respeitando o fato de serem turistas e reconhecendo que, como guia, eu tinha obrigação de dar dicas turísticas, inclui programas que só faço quando tem alguém de fora por aqui.

Esse email não chegou pra Jully, mas eu não sabia. E muitos outros não chegariam. Tive que pedir socorro ao Clube, porque estava preocupada com a possibilidade dela estar me achando uma mal educada má. Depois das manifestações para eu mandar o email para outro email – que eu não tinha, mas logo me foi fornecido – e de Musa – outra noiva do Clube e sim o nome dela é Musa – encaminhar meu email pra Jully, finalmente chagaram todos e demos inicio a uma troca frenética de informações – Jully e eu. Até a voltagem de Salvador foi perguntada e devidamente respondida.

Na sexta, nos falamos pela primeira vez. Engraçado demais ouvir o sotaque carioca, com todos os seus remelexos. Eu adoro o sotaque dos cariocas! Combinamos de ir pro Solar do Unhão ver o jazz com amigos velhos daqui de Salvador.

Nos conhecemos “ao vivo”, Henrique e eu, Jully e Ivan. E já fomos conversando sobre casamento, festa de casamento, vida em Salvador versus vida no Rio, pôr do sol, separação, mergulho, rock, axé, carnaval, pimenta malagueta, cidade com praia, cidade sem praia, sol, calor, chuva, mormaço. Terminamos a noite no Pelourinho vendo o show da Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta (banda muito massa daqui). No domingo, fomos ver o jogo do Brasil, comemos acarajé na Dinha – porque o da Regina já tinha fechado – cocada puxa preta, falamos sobre cachorros (muito!) e sobre o amor por eles (mais ainda!), Aruba, muito dinheiro, pouco dinheiro, trabalho.

Henrique comentou com surpresa, quando voltávamos para casa depois da despedida do domingo, que ainda se pode conhecer pessoas legais pela internet. Corrigi, dizendo: “pela ‘internet’ não, pelo Clube das Noivas, um lugar ultra selecionado, meu filho”. Ele riu e continuamos conversando como foi legal o nosso feriado com amigos novos e velhos, lugares velhos com ares novos.

A novidade é sempre um risco, pode colar e fazer sucesso. Pode colar, fazer sucesso e continuar fazendo. Pode não colar nunca. Mas novidade é bom. Novidade mesmo, daquelas de verdade que nos faz pensar, que nos deixa surpreso. Pode até ser uma coisa velha, mas que de repente, muda de lugar e vira novidade.

Esse fim de semana foi assim. Lugares que vamos tanto, mas que nos pareceram diferentes. Pessoas novas que nos parecem amigos de todo dia. E a sensação sempre boa, seja velha ou nova, de que ventos revigorantes sempre virão. Às vezes, por uma janela do Windows.

Sobre ser uma formanda.



Entrei para a faculdade de Psicologia há 5 anos. Os dois anos depois do 3º ano foram um entra e sai de faculdade danado. Fiz Museologia, Jornalismo, cursinho e não acreditava que alguma coisa nesse mundo ia me deixar satisfeita. Teste vocacional? Resultados vagos. Pensando bem, pra uma cabeça vaga, um teste que dá um resultado vago é bem preciso. Enfim.

Fui me parar lá na Faculdade, no curso de Psicologia. No começo eu já sabia que tinha uma diferença entre psicólogo, psiquiatra e psicanalista, e isso é ótimo, acredite. Cheguei à minha turma 1 mês depois das aulas começadas, porque passei de segunda lista. Eu e uma turminha, os retardatários. Benditos retardatários porque comigo também entrou uma criatura que hoje é um pedacinho de mim, minha amiga Lua. Nos primeiros semestres meu hobby preferido lá na faculdade, além de fazer amigos, era dormir. Gente, alguém me explique porque é tão bom dormir na sala de faculdade, por favor.

Meu curso é composto de 10 semestres, ou seja, 5 anos. Até o 6º semestre tudo se arrasta: as disciplinas não são muito específicas, os professores se repetem muito e ta todo mundo num clima meio não-sei-onde-estou-ainda. Depois do 7º, meu irmão, a parada voa!!! As disciplinas e os trabalhos ficam mais específicos, começa o ensaio para a monografia (que se chama TCC, no meu caso, Trabalho de Conclusão de Curso ou Tortura de Conclusão de Curso, para os mais dramáticos) e os estágios específicos.Começa a bombar a ansiedade e você fica se sentindo já meio psicólogo, é engraçado.

De repente, chega o 10º semestre. Primeira mudança: você vira formanda. Automaticamente as pessoas esquecem que a formatura só vai acontecer no fim de um semestre inteiro, mas você é formanda e acabou. Ainda tem toda a movimentação pra quem é da Comissão de Formatura, que também é o meu caso. Pois é, eu sei que foi uma maluquice, mas estar com as amigas é bom também. E nesse último semestre, às vezes é o único tempo que temos para ficarmos juntas e viver um pouco o clima da faculdade.

Eu tô dando graças a deus de poder me formar no tempo certo, numa profissão que eu escolhi e adoro a sensação de me tornar psicóloga. Mas tenho que concordar com uma amiga muito querida, Keu - minha dupla hoje, mas colada em mim, há uns... 15 meses (jesuis!) - que tá batendo uma saudade. Principalmente dos amigos lindos e especiais que fiz, dos professores que me disseram coisas que eu nunca esqueci e daqueles que viraram meus amigos, além de professores.

Sábado passado, foi o dia das fotos do convite de formatura. Aquela foto clássica da turma, todo mundo de beca, parecendo um pingüim com uma faixa azul royal, super discreta, amarrada (literalmente, acreditem!) na cintura. Ficamos de 6 as 9 da matina pra isso. Eu embaixo daquela camisola preta, com minha maquiagem (lóoogico) derretendo nesse calor de Salvador, uma coisa. Mas hoje, me deu uma coisa assim, meio misturada. A preocupação com o emprego, com salário, com mestrados e doutorados, a saudade dos amigos que vai chegando de mansinho e o suspiro de quem terminou uma etapa. Tipo, ufa, sacou? O mais importante pra mim, é que tenho certeza de que foi uma das melhores épocas da minha vida, mas que terminou. E o incrível, e por isso acho que fui bem sucedida, é que sinto uma vontade enorme de passar pra próxima.

É. Que venham os próximos anos incríveis.


O Clube das Noivas



Ser uma noiva é quase uma religião. E daquelas bem fundamentalistas. Pensando bem, eu agora fiquei meio na dúvida... Porque pode ser uma doença também, já que a mulher fica completamente obsessiva. E parece que as coisas sobre casamento pulam em cima de você! Você vai dar um googada (termo designado para o ato de utilizar a ferramenta de busca Google) a fim de procurar um CATAVENTO e puf! De repente, assim, sem querer e sem nem ver, você digita a palavra CASAMENTO. Parece uma coisa do destino, porque você acha logo um monte de sites relacionados e um universo mágico e infinito de coisas para procurar e conhecer. Hein? Catavento? Ah, é mesmo....

É engraçado que quando eu encasqueto com uma coisa, eu sou capaz de me tornar uma especialista. Foi assim na reforma do apartamento. Em qualquer lugar que eu chegasse, os meus olhos de lince faziam uma varredura e meu cérebro era capaz de registrar tudo: cor de rejunte, nome de cerâmica, texturas, materiais, código de tinta, então, sabia todos. E lá ia meu repertório aumentando: tipos de tinta, madeiras, fios, tomadas, marcas. Revistas de decoração e arquitetura?! Os meses nunca pareceram tão longos, o próximo número não chegava nunca! Quando terminou a reforma, eu cheguei até a pensar em abrir uma empresa para acompanhamento de obras. Claro, ora bolas, ou então que diabos eu ia fazer com todo o meu arquivo de informações?! Mas, sei lá porque, eu acabei desistindo.

Pois então. Com essa história toda de casamento, estou há dois meses, envolvidíssima com todos os preparativos. Primeiro ter a certeza de que ia mesmo acontecer, a primeira grande ansiedade. Eu e Henrique passamos uns dias imaginando, idealizando e principalmente calculando: a pior parte. O universo comercial que circunda o evento do casamento é uma coisa muito louca. Descobri detalhes que nunca imaginei, do tipo: vocês sabiam que os salgadinhos e docinhos não vêm com forminhas? Pois é! Na verdade vem com aquelas forminhas básicas de papel celofane. Mas que noiva, pelo amor de deus, vai querer forminhas básicas, muito menos de papel celofane?! Ahá! É aí que entram os fabricantes de forminhas incríveis! Tem de todas as cores, formatos, flor, borboleta, artesanais, industrializadas... uma infinidade! Mas só sabe disso que vai casar. Ou melhor, a noiva, a mãe da noiva, as amigas da noiva, a mulherada em geral. E os fabricantes das forminhas, é obvio...

Nessa maluquice toda eu fiquei bastante perdida no início, sem saber por onde começar. E as pessoas realmente não ajudam: cada um diz uma coisa, que ta muito longe, que ta muito perto, que tem que começar pelo buffet, pela lista de convidados. Ou seja, se era para atrapalhar, pô, avise. Recorri ao meu velho e bom amigo conhecedor de tudo e todos: o Google. Goo, já que somos muito íntimos.
Achei muita coisa, algumas mais reveladoras, outras assustadoras, mas nada que me fizesse acreditar que eu ia conseguir fazer tudo sozinha. Eis que eu descubro um lugar mágico e colorido, onde todos (todas, na verdade) falam a mesma língua: O Clube das Noivas.

O Clube (como é chamado por nós, sócias-integrantes) é uma maravilha. Imagine um lugar cheio de mulheres com idéias mirabolantes que são colocadas em prática. Imaginou? Então imagine agora que essas idéias dizem respeito ao tema casamento. Imaginou? Não, vocês não conseguem. Até porque esse lugar é virtual, fica ali no Yahoo Grupos, mas também porque nem eu consegui quando eu entrei.

É uma loucura. São milhões de mensagens trocadas diariamente (300 às vezes) por mulheres de todo Brasil, que estão fora dele também (Carol, que tá em Angola) e que dizem respeito ao tema casamento. Mas não somente ele, o casório. Falamos sobre nós, sobre quem somos, nossas opiniões sobre a vida, família, trabalho, dinheiro, amor. E quando uma ou outra some, sentimos falta, nos emocionamos com as histórias, nos magoamos com alguma coisa mal entendida, nos animamos com as conquistas. As dicas são milhares! Fornecedores, fotos, telefones. As admiradoras do excel, botam tudo em planilhas, por exemplo, e compartilham depois. Mas não é um bagunça. Muito pelo contrário, existem muitas regras, de convivência principalmente, estando as infratoras correndo o risco de expulsão. Em último caso, claro.

É uma experiência muito legal, porque passamos a conhecer as pessoas pelo que elas escrevem e sabemos como é o estilo de cada uma, pelas palavras, interjeições. E a maioria de nós, só se conhece assim mesmo, através do clube e por fotologs, blogs e afins. É bem legal, as meninas são umas fofas e divertidíssimas! Mulher já é esse bicho animado: falou “casamento” fica todo mundo ouriçada. Imagine um bando de mulher, falando de casamento, só que não de outro casamento, do seu próprio!!! É frenético!

Descobri semana passada que tem o Clube da Esposas também. Eu até podia estar nos dois, já que eu sou uma noiva casada. Mas aí eu ia ter que passar o dia todo vendo email, rindo, vendo blogs e fotologs, pesquisando coisinhas e botando em prática todas as sugestões e dicas das meninas, noivas e casadas.

Olha, até que não seria má idéia... ;)

Ser uma noiva casada



Não eu não sou uma noiva.

Na verdade, eu já sou casada há quase três anos. E ser casado é ótimo. Não sempre ótimo, ca-la-ro. Mas muito ótimo na maior parte das vezes. Decidimos casar em janeiro de 2005 e o fizemos em abril do mesmo ano. Eu quase enloqueci minha mãe, meu pai e todo mundo. Eu quase me enlouqueci. Só Henrique que tava beleza, porque ele é Jó. Sim, esse mesmo, o Jó da paciência. Aliás, se ele não fosse assim, desconfio que nem teríamos casado. Ou se tivéssemos, não permaneceríamos. Enfim.

Não fizemos festa de casamento. Nem o oficializamos numa cerimônia religiosa ou civil. Tivemos um chá de cozinha planejado, organizado e promovido por minhas amigas queridas e minha mãe. Que foi ótimo porque ganhamos todos os apetrechos necessários para o (bom) funcionamento de uma casa. Tirando o primeiro mercado, só compramos uma peneira e um funil. O que fez do nosso casamento existisse, além do chá de cozinha, dos presentes e ajuda de nossos pais (incrédulos, porém solidários) foi o dia-a-dia mesmo. E não foi tãããão fácil. Mas também não foi tãããão difícil. Mas isso é conversa para um outro post.

Não tivemos nossa festa de casamento por dois motivos, um óbvio e outro mais subjetivo e menos óbvio. O primeiro motivo é dinheiro, óbvio. Quando casamos não tínhamos coisas básicas como telefone (e, consequentemente, internet), faxineira, tv a cabo (ainda não temos). Pagávamos as contas do mês. E só. Mas tava beleza. Jamais poderíamos bancar uma festa de casamento, nem que a vaca continuasse sem tussir. O segundo motivo, menos óbvio, é que a maioria das mulheres quer ter uma festa de casamento. E eu faço parte dessa maioria com um plus: festa de casamento pra mim é A festa. Sempre gostei de festas, mas nada com muita pompa. 15 anos básico, em casa mesmo, a formatura será só a colação de grau sem festa, essas coisas. Mas casamento, não. Quando eu era pequena eu brincava de colocar uma fronha na cabeça (ninguém ria!) e me imaginava entrando, triunfal. Toda prosa... Mal sabia eu que meu futuro marido teria outros planos para nós.

Henrique acha uma festa de casamento um gasto desnecessário – pra não fugir do estereótipo masculino – mas, a lógica dele é que faz muito mais sentido um casal comemorar um casamento que já existe, do que um que nem existe ainda. Foi a primeira vez que eu ouvi isso também. Ele até reconhece toda a coisa do ritual de passagem, mas não acha isso legal pra ele, no caso, pra gente. Como a gente não tinha dinheiro mesmo e eu nunca faria uma festa de casamento fuleira, sem todas aquelas coisas afrescalhadas, achei boa a idéia. Na verdade, foi muito bom. Acho que tem muito mais a ver com a gente, com a nossa história.

Começamos a pensar sobre isso e achamos que estava chegando a hora. Não que tenhamos dinheiro hoje, mas nada como ser a filha caçula. Vamo combinar que Henrique é um genro ótimo, o que ajuda... Ajuda não, praticamente define as coisas. Pra que essa hora não passasse, consultei logo minha mãe. Ela gostou da idéia, mais pela farra de organizar tudo. Minha mãe consultou meu pai, que também topou. A gente entra com a cara e eles com a coragem.

Pois é. Vamos casar. De novo. Pela primeira vez, dependendo da perspectiva.

Então eu sou uma noiva sim. Uhúúúúúúúú!!

E vou ser daquelas bem afrescalhadas....


Tendo um blog: a gincana


Pois é... Eu que nem ligava pra essas coisas, resolvi ter um blog. Que saga!

Primeira prova da gincana: definir um nome para o blog.

Um drama. Queria um nome bonitinho, mas que não fosse piegas, nem romântico, mas feminino.

Afinal, este blog tem uma dona. Pensei em vários nomes, mas nenhum de impacto. Henrique (meu digníssimo marido) chegou em casa do trabalho e sabendo da mente fértil que ele tem, fiz uma enquete dos nomes que tinha pensado. Ele achou que não deveria fazer referência a nenhum dos meu apelidos (eu tenho vários) ou nomes (tenho dois, nome composto, essas coisas...). Eis que então ele lança " Os bobs da Dona Florinda". comecei a rir e lembrei da hora do almoço hoje. Não temos TV a cabo e, portanto, só nos resta assistir a tv local. E hoje estávamos assistindo Chaves. E comentávamos sobre os personagens até que os bobs de Dona Florinda lhe apanharam. Inclusive, fazendo-o demonstrar o desejo de colocar esse nome na sua próxima banda.Há algumas horas atrás, ele me liberou (sugerindo, aliás) para usar esse nome no meu blog. Amei. Dona Florinda é massa. E bob é um negócio de mulher.

Segunda prova da gincana: dar uma cara ao blog.

Bem, nome dado, cadastro efetivado, vamos colorir o blog. O anúncio de "faça seu blog em 2 minutos" já me parecia distante. Passei horas pra decidir a cor do blog, se o título dos posts teria a mesma cor do fundo ou do texto; se as bordas seriam arrendondadas; e o mais difícil de tudo: qual o desenhinho que teria lá em cima. Vocês não imaginam quão árdua é tarefa de achar uma mulher de bob que não seja a Dona Florinda. Nada contra ela, é claro, mas achei que uma foto dela ficaria muito óbvio... Eis que então entra Henrique de novo e produz a imagenzinha aí de cima. Ficou fofa e tem tudo a ver com o nome do blog. Dá uma identidade, eu acho. E é só minha e de mais ninguém (ahá!!).

Terceira prova da gincana: O primeiro post.

Essa foi a prova mais fácil. Primeiro que eu já tinha pensado em falar sobre ter um blog. A diferença é que escrever sobre isso virou fichinha perto do trabalho que pessoas inexperientes tem pra botar a roupa do blog. Assim sendo, quem quiser experimentar, é legal. Mas espero que a minha prática melhore rapidamente, porque não posso perder três horas por dia pra conseguir botar alguma coisa nessa bagaça.

Beijos