quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Comemorações e climão de fim de ano



Não, eu não gosto de Natal. Eu adoro a decoração de Natal, adoro ver minha casa cheia de coisas douradas, verdes, vermelhas, papais-noéis (sim, eu consultei um dicionário para flexionar esse plural) e bonecos de neve (ainda que eles não sejam viáveis para nós, brasileiros, menos ainda no Nordeste, eles são fofinhos e tem uma carinha safada que eu simpatizo).


No primeiro Natal na nossa (minha) casa foi uma mobilização total! Começamos a arrumar tudo no início de dezembro e só tiramos depois do Carnaval. Nada de desarrumar no dia de Reis. Tava tão lindo que eu queria ficar com e decoração pra sempre. Mas eu não gosto da Noite de Natal. Minha família é muito pequena e o resto que poderia agregar volume, mora em outro estado. Então éramos sempre meus pais, eu, minha irmã e pronto. Eu, quando criança, ficava toda empolgada como presente na manhã seguinte, com o esquemão todo da chegada do Papai Noel, mas não gostava da véspera, era meio triste, sei lá.

E esse sentimento perdura até hoje. Adoro arrumar a casa, comprar os presentes, ver minha mini árvore toda linda lá, acesona, adora ficar cozinhando as coisas junto com Henrique e receber as eventuais visitas, maaaaaaasssss... Não gosto DO Natal. Também não me mobiliza em nada todo sentido católico apostólico romano do Natal (minha mãe que não me leia), ou seja, nem isso sobra. Enfim, curto o momento com restrições.

Já o Ano Novo.... aí é outra história. Eu AMO ANO NOVO! Adoro aquela insanidade que rola na cidade, todo mundo se arrumando para receber o novo ano, aquele mar de gente de branco, comida, bebida, uhuuuuuu!


Acho massa. Reconheço que causa em mim sentimentos ambíguos: uma animação total e sentimento de perda, medo sei lá de quê mas, me dá! Ao mesmo tempo fico ansiosa querendo que o ano chegue logo e que as coisas aconteçam e que eu passe a falar “porque no ano passado....”, o que normalmente só acontece depois do carnaval, porque aqui em Salvador todo mundo comemora Ano Novo igual, mas o ano só começa meeeesmo depois do carnaval, não tem jeito.


Esse Ano Novo será particularmente especial para mim. Começarei de verdade uma nova, grande e assustadora etapa da minha vida. Não, eu não estou grávida. Ou melhor, devo estar e agora vou ter que parir um filho que gestei durante cinco longos anos. Agora em janeiro será minha formatura, muito esperada não pela solenitude da coisa, mas porque passar cinco anos numa faculdade, se dedicando quase exclusivamente a ela, merece algum respeito.


Foi muito bom, adoro a profissão que escolhi, mas no meu curso o esquema é meio surtado, você se envolve demais, é denso... Enfim, todos esperamos por isso: meus pais, minha irmã, meu marido, meus amigos e principalmente eu. Ter o meu trabalho, ser reconhecida através disso com algo que me caracteriza, que caracteriza meu estar no mundo de alguma forma me deixa muito satisfeita. E nesse novo ano passarei, na prática, a viver a minha profissão. É massa e, ainda bem, não to com aquela ressaca de “ai, estou desempregada”, fico louca querendo logo esse famoso emprego, mas na sede de viver novas emoções, viver o rally que é essa vida de gado. Justamente porque gosto do que escolhi.


Vou sentir esse Ano Novo como nenhum outro (é sempre assim, aliás...) e tenho certeza que chorarei à meia noite, num misto de felicidade e tristeza como em todos os anos (sim, eu choro em todo santo Ano Novo). Mas fico com a (ótima) sensação de que curti mais esse 2007 do que outros anos e acho que é isso que vou levar para os próximos.



Resoluções para 2008? Essa parte a gente pula....


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